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Meu nome verdadeiro é Lázaro Simões Neto. Um amigo me deu o apelido de Lalau, há muitos anos atrás, e assim ficou. Nasci em São Paulo, no dia 7 de janeiro de 1954, num tempo em que a cidade era bem mais tranqüila do que hoje. Não havia tantos carros, nem tanta gente também. Passei boa parte de minha infância num bairro chamado Santo Amaro. Era um lugar que ainda mantinha muitas características de cidade do interior. As pessoas se conheciam, as crianças podiam brincar na rua, ninguém tinha computador e a televisão era em preto e branco. Foi uma época bem divertida!

Lalau   Lalau   Lalau

 

Meu pai foi desenhista projetista, minha mãe foi dona-de-casa. Lembro-me que viajávamos bastante para a praia, para o pantanal e interior do estado de São Paulo. Meu pai sempre gostou de carros, teve até uns bem esquisitos e antigos. Ele colecionava revistas sobre mecânica de automóveis e eu adorava ficar lendo sobre motores, novos modelos e outros assuntos. Não entendia nada, como até hoje não entendo nada sobre carros, mas aquilo me ajudou muito a gostar de leitura. Minha mãe, infelizmente, faleceu em 1993. Meu primeiro livro, “Bem-te-vi e outras poesias”, é dedicado a ela. Que saudade!

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Minha avó materna chamava-se Maria e adorava ouvir rádio. Não conheci meu avô materno. Minha avó paterna chamava-se Julieta e gostava de cozinhar para toda a família. Meu avô paterno chamava-se Lázaro. Herdei o nome dele e também o gosto pela leitura. Na casa dele, havia uma biblioteca que eu era apaixonado. Tinha revistas e muitos livros: obras completas de Jorge Amado e Émile Zola, ”Thesouro da Juventude”, “O Mundo em que Vivemos” e outros. A cada visita, principalmente aos domingos, eu sempre reservava um tempinho para ler os livros do vovô. Foi muito bom.

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Sempre fui louco por futebol. Acho até que aprendi a chutar bola, antes mesmo de aprender a andar. Joguei futebol na escola, na várzea e na rua. Um dia, me levaram para treinar num time grande, o São Paulo Futebol Clube, entre 1969 e 1970. Eu tinha 15 anos. Fiquei uns tempos por lá, só que não deu muito certo. Até que eu era bom de bola, mas era muito míope. Preferi continuar estudando e jogando com os amigos. Ou seja, uma bola nos pés e um livro nas mãos. Em 2006, ano da Copa na Alemanha, lancei o “Futebol!”, que é uma declaração de amor à bola. Quando o Brasil foi eliminado, lógico que torci muito para a seleção de Portugal. Afinal, meu sobrenome Simões. Gol!!

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Quando era menino, eu lia muito e escrevia muito. Por isso, na hora de escolher uma profissão, procurei alguma coisa ligada à escrita. Estudei Comunicação Social e segui a carreira de redator publicitário. Essa atividade me ajudou bastante, porque escrevia o dia inteiro e, assim, fazia um ótimo treinamento. Foi nessa época de publicitário, nos anos 80, que escrevi meu primeiro livro, o “Bem-te-vi e outras poesias”. Muitos anos depois, mandei os originais para José Paulo Paes, um escritor que eu recomendo a todos. Ele gostou e me indicou para a Companhia das Letrinhas. Nessa editora, conheci a Lilia Schwarcz, a Elisa e muita gente legal que me deu a maior força. A partir daí, não parei de escrever para crianças. E nem pretendo parar!

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Desde 1994, tenho a honra de trabalhar com uma pessoa que eu adoro: Laurabeatriz. A sensibilidade e o talento desta artista plástica brilhante dão vida e magia aos nossos livros. Quase todos os dias, trocamos idéias, procurando novos temas, criando novos projetos. Quando entrego um texto para ela ilustrar, fico na maior ansiedade para ver os desenhos. O resultado é sempre muito colorido e surpreendente. Ainda vou fazer muitos e muitos livros com ela. Vou mesmo!

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Além de produzir livros para crianças, Laurabeatriz e eu visitamos muitas escolas. É muito bom conversar com os pequenos leitores. Cada vez que eu vejo uma criança se emocionar ou se divertir com nossos livros, é um prazer que não tem tamanho. Uma vez, aprendi que ler faz bem para a alma, o coração e a vida da gente. Tenho certeza que isso é a mais pura verdade.

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Finalmente, quero apresentar as pessoas que mais amo no mundo: a Heloisa e nosso filho João Gabriel. É com eles que encontro forças para escrever cada vez mais. Helô é uma companheira carinhosa, digna, eterna. João é um presente divino, uma criança inteligente, alegre, que desde muito cedo aprendeu a ler e aprendeu a gostar de ler. É para eles que dedico todos os meus dias, todos os meus versos. Obrigado!

Lalau