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Aqui há ladrão

AUTORES:
Luísa: 11/02/2004
Marco, Pedro, Diogo(EB2,3 Junq): 17/02/2004
Miguel (EB1 junqueira: 17/02/2004
Pedro Figueiredo, 7ºE, EB 2,3 Junqueira: 17/02/2004
Emília, EB2, 3 Junqueira: 09/03/2004
Tânia-EB 2.3 S. Dias: 10/03/2004
Jorge Manuel: 04/05/2004
Eva,5C-EBS.Dias: 05/05/2004
Filipa: 13/05/2004
Madalena e Isabel, 6C-EBJunq: 18/05/2004
Xana e Andreia, 5C-SDias: 02/06/2004
Pedro F. 7ºE - Eb2,3 Junqueira: 03/06/2004
Sandra Cruz 6 A nº23: 04/06/2004
Andreia Moreira nº7 6ºc: 11/06/2004
Fátima: 09/07/2004
Jorge Manuel: 17/10/2004

 

O ladrão , ao passar pela rua, viu uma janela aberta.
- Boa casa para eu assaltar – disse ele para os seus botões, porque não tinha outra companhia.
Num pulo saltou para o parapeito, entrou na sala e pôs-se à procura de boas coisas para roubar. Os móveis, não, que eram grandes demais. O frigorífico, o fogão, a televisão pesavam imenso. Abriu os armários mas a roupa não lhe servia.
Onde estaria o dinheiro, que era leve, valioso, fácil de meter na algibeira? Talvez dentro dum colchão... Não é aí que os velhotes costumam escondê-lo?
Entrou num quarto, e ia começar a remexer na cama quando ouviu um ruído de chave na fechadura , seguido de uns passos.
Que azar! Já nem podia trabalhar à vontade...
Com medo, pôs-se de gatas e enfiou-se por baixo da cama.
Sem fazer qualquer ruído ficou ali a observar quem poderia estar a entrar...
Com muito medo, viu uma pessoa a entrar no quarto onde ele se encontrava.
Seria o dono da casa?! Ou outro ladrão?! - Pensou ele.
Mas ao ouvir aqueles passos, olhou e viu que era também um ladrão.
- Não,isto é um sonho! - disse para os seus botões.
Então, olhou para um lado, olhou para o outro, e olhou para trás. Viu uma janela e, cheio de medo, fugiu logo.
Já fora da casa, pensou: "Mas o que é que eu estou a fazer??? A fugir de um colega de profissão???" e logo a seguir entrou novamente pela janela.
O silêncio era total naquele quarto, completamente mergulhado no escuro, para o qual ele tinha regressado. Do outro ladrão, daquele de quem ele, João Gamão o mais terrível de todos os ladrões, tinha fugido... nem sinais...
"Esta agora? Onde se terá metido aquele maroto? O que andará ele a fazer? A roubar? E eu? Fico sem nada para mim?", perguntava João Gamão a si próprio.
Estava ele às voltas com estes pensamentos quando sentiu, novamente, o barulho de alguém a entrar no quarto...
"Outra vez?", pensou João Gamão.
E o silêncio voltou ao quarto
"E que tal eu deixar de pensar em barbaridades e continuar o meu trabalho?", pensou João Gamão.
Mas quando deu alguns pequenos passos, sentiu algum medo, mas de quê?
"Eu não posso ter medo de nada, afinal sou ou não sou ladrão?", pensou.
Desta vez falou em vez de pensar, mas falou o mais baixo possível para ninguém o ouvir:
"Eu é que devia meter medo aos outros, não é? Agora que comecei este trabalho tenho que o acabar! E não posso ser medricas!"
O João Gamão continuou a procurar o que queria: o dinheiro.
Procurou em todo o lado, mas nem sinal dele!
Procurou, procurou, procurou... até que encontrou!
"Ah! Ah! Encontrei o que pretendia!", disse em voz baixa e aguda.
Mas ficou aborrecido, pois só encontrou 10 euros em notas de 5 euros.
"Que raiva! Pensei que iria ficar milionário, mas afinal tanto sacrifício não sei para quê!
Tentou encontrar mais dinheiro no mesmo lugar onde tinha encontrado os 10 euros, mas nada que interessasse. Só um pouco de pó que parecia já não ser limpo há muito tempo.
Mas o esperto e corajoso João Gamão teve uma ideia!
"Tive uma ideia brilhante! E que tal se eu procurasse oiro para substituir o dinheiro? Afinal as mulheres usam acessórios de grande valor para ficarem mais elegantes, não é?" falou o João mantendo a sua voz habitual nos roubos.
O João procurou bastante e não encontrou nada, mas teve uma ideia brilhante:
- Claro! Como sou bobo e pateta! As mulheres guardam os acessórios numa caixinha, se forem muito cuidadosas, num cofre atrás de um quadro ou numa gaveta e eu nem procurei em nenhum sítio desses. - penssou o João.
Ele procurou, procurou... mas não encontrou nenhuma caixinha, nem nenhum cofre. Viu em todas as gavetas e havia só roupa mas, por sorte, numa das gavetas da mesinha de cabeçeira viu uma carteira com 20 euros e um cartão de crédito.
- Espetáculo!!!! - disse ele para os botões.
Bem, agora que estou quase rico, vou mas é comer um bifalhão porque isto de roubar, abre o apetite.
Antes de sair passou a mão pela coberta da cama e sentiu algo de estranho!
O João quase nem acreditava no que via!
Colares, aneis, brincos, pulseiras e muitas peças valiosas dentro do forro da coberta da cama do quarto dos donos da casa!
Atirou-se para a cama, desesperado por só encontrar jóias e não encontrar dinheiro em lado nenhum, e sentiu o barulho de moedas. Tornou a saltar para ver se era impressão sua. Tornou a ouvir o mesmo barulho.
Levantou o colchão e encontrou muitas moedas de ouro. Ficou espantado com tanta riqueza! De seguida pegou na sua mala cinzenta, pôs lá as moedas de oiro e foi para a sua barraca dormir para, no dia seguinte, ir comprar uma casa com as suas moedas de oiro .
Na manhã seguinte saiu da sua barraca para comprar uma casa .
Quando chegou à agência imobiliária viu uma que adorou e decidiu comprá-la , foi vê-la e, quando chegou a hora de pagar, deu as suas moedas mas o homem não as aceitou, porque eram muito antigas.
- E esta, hein?
- Desculpe mas não posso aceitar essas moedas!
- Peço perdão........ Vou a um antiquário...
João foi ao antiquário mais perto da imobiliária, a "Casa do Séc. XIX".
- Bom dia... - Disse João para o sr. ao balcão - Está tudo bem consigo? Está com uma cara tão triste?!
- Pois amigo, estou assim porque me assaltaram a casa e me roubaram a minha coleção de moedas de ouro...
- Oops!
”Bem!”, pensou ele, “não vou trocar aqui as minhas moedas senão o gajo ainda descobre que fui eu que lhe assaltei a casa mas então onde as irei trocar?”
- Então homem? Porque é que ficou com essa cara? Parece que acabou de ver um fantasma diga o que quer, que eu não tenho o dia todo!
”Já sei!”, disse para si próprio.
- Quero trocar umas moedas antigas que o meu querido e falecido avô me deixou como herança mas as moedas, como são antigas, dão para nada não é verdade? Vou pedir-lhe que mas troque se me faz o favor. – disse o João.
- Claro homem! – dê-mas cá.
- Que coincidência são exactamente iguais às minhas
- Quando se fizeram estas fizeram muitas mais!
- Claro olhe que ideia a minha.
Daí a pouco o sr.Ladrão, o João, ouviu o carro da polícia a chegar e ficou todo aflito pois pensou que o homem da loja o tivesse denunciado.
- Então você chamou a bófia? Desculpe! Eu não queria ter roubado nada mas quando vi aquelas moedas todas debaixo do colchão não resisti e tive de pegar nelas. Desculpe! Desculpe! Tome, estão aqui. Agora diga-lhes para se irem embora por favor .
Foi então que o dono da loja se apercebeu de que a pessoa que lhe tinha assaltado a casa estava mesmo à sua frente. A polícia, afinal, só ia lá para saber pistas e tentar apanhar o ladrão.
Às vezes, sem querer, acabamos por confessar as nossas asneiras sem nos apercebermos.
Depois, o ladrão tornou-se uma pessoa normal, como todos nós.
Passado um mês o ladrão chamado Joaquim foi a casa do João
Chegou lá bateu à porta mas não estava ninguém.
Como não estava ninguém, foi embora. No dia seguinte foi lá e aconteceu a mesma coisa. Mas, como era muito esperto, foi por trás da casa...