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Senhor do seu Nariz

AUTORES:
Álvaro: 09/02/2004
João Ferreira Gil e João Pereira: 10/02/2004
João Diogo da Silva Pereira: 10/02/2004
Natália e Goreti (EB1 JUNQUEIRA): 17/02/2004
Emília, EB2, 3 Junqueira: 09/03/2004
Francisco,5ºC,EBJSDias: 10/03/2004
Rita Nascimento (EB1-LEIRIA-Nº2): 19/03/2004
Tania,7F, EB 2.3 Júlio SD: 19/05/2004
Pedro Figueiredo, 7ºE, EB 2,3 Junqueira: 23/05/2004
Pedro Figueiredo, 7ºE, EB 2,3 Junqueira: 25/05/2004

 

Custou-me muito nascer.
Estava tão bem desnascido, aconchegado, quentinho, sem ter nada que fazer, apenas a existir, a ser.
Não estava habituado a nascer e faltou-me o ar.
Ninguém me tinha ensinado a respirar. Havia frio, gente, barulho, confusão.
Toda a gente sorria e diziam uns aos outros que eu já estava nascido, mas ainda me sentia meio morto.
Foi então que veio o anjo. Era um anjo negro. Pousou a mão na minha testa e disse:
"A tua vida vai dar para o torto."
"Não diga isso", pediu a minha mãe, aflita.
"Digo, pois", respondeu o anjo.
"E, pior do que isso, este rapaz terá um nariz do tamanho de um chouriço."
E o anjo negro foi-se embora.

O míudo muito assustado começou a chorar. E começou a correr cheio de medo porque o anjo negro se tinha ido embora. Assustado como nunca na sua vida ainda tão curta, chorou mais ainda. No dia seguinte a sua mãe não estava em casa e o miúdo procurou-a em todos os quartos e salas. Como não a encontrou resolveu sair.
A mãe quando chegou a casa não viu o seu filho e perguntou aos vizinhos se o tinham visto.
Ninguém tinha visto o rapaz!
- O que terá acontecido? - perguntou a mãe aos seus botões.
Nesse instante viu um enorme clarão por cima da sua cabeça e ouviu uma voz muito meiga que lhe disse:
- Anda comigo!

Apareceu um anjo muito bonito, meigo e gracioso.
Fez a mãe do rapaz levitar e disse-lhe:
- O teu filho está com o anjo negro, Jake. Para o voltares a ver precisas de executar doze tarefas. Tens de encontrar doze penas negras que vão fazer quebrar a maldição do teu filho e recuperá-lo das garras de Jake.
Dito isto, fez abrir um portal que transportou a mãe do rapaz, que se chamava Paula, para um mundo paralelo.
Passaram-se cem anos, e como a vida era eterna nesse mundo paralelo...
Apareceu uma águia negra.
A mãe do rapaz tentou apanhar três penas da águia, então cada vez que apanhava uma gritava:
- Consegui apanhar uma pena viva, viva!
No fim de ter apanhado três penas da águia apareceu um pardal e a mãe do rapaz tentou apanhá-lo
Tentou, tentou, até que conseguiu apanhar o pardal, mas este não parava de a penicar nos seus dedos. Por estas e por todas, é que a mãe do rapaz só conseguiu apenas apanhar mais três penas.
- Mas onde é que eu vou arranjar mais seis penas para completar doze, se não estou a ver mais pássaro nenhum por aqui por perto? - perguntou a si própria.
Passado um pouco, viu uma rola pousada numa árvore que mais parecia uma árvore de terror com o seu lado estranho.
- Viva, por fim vou conseguir apanhar mais penas para completar o número de penas precisas! - disse ela feliz.
Trepou à árvore, esticou os braços como se fossem elásticos, agarrou a rola e... zás, tirou por fim as seis penas que faltavam!
- Anjo!! Anjo, onde estás??
Paula tanto chamou que o anjo apareceu.
- Já arranjaste as penas?
- Já... cem anos depois mas consegui.
- Vamos procurar o Jake!
Paula só pensava: 'Vou voltar a ver o meu filho, mesmo com aquele narigão!'
Foram até ao inferno, onde se encontrava o Jake, e Paula disse-lhe:
- Toma as tuas malditas penas, mas dá-me o meu filho!
- Toma o teu filho... Mas como extra, mais uma maldiçãozinha, que não faz mal a ninguém! Hahaha
- O que é que fizeste ao meu filho?
- O teu filho está aqui! Olha!
Estalou os dedos e.......
Que susto!! O filho de Paula estava grande, tinha o tamanho de um rapaz de 12 anos, mas tinha uma espécie de batata no lugar do nariz........
- Como eu disse, mais uma maldição...... HahAhAhahAHahAHha