O que aprendi sobre Manuel António Pina

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Manuel António Pina chamou ao seu retrato “Uma de aventuras”.
Conta-nos que nasceu no , terra onde há um grande situado nas margens de um rio onde passeava de barco e nadava nu. Diz-nos que quando era pequeno e olhava para o mapa pensava que, por um , tinha nascido em Espanha e que só mais tarde descobriu que as são linhas que só existem nos mapas, e que o Mundo é só um e não tem linhas a separar uns países dos outros a não ser dentro da cabeça das pessoas.
Por causa da de seu pai, viveu em muitas diferentes terras e, por isso, considera que não tem só uma terra mas muitas, sendo o Porto uma delas, onde viveu mais tempo do que em qualquer outra, onde nasceram as suas filhas e onde provavelmente morrerá um dia.
Foi durante mais de trinta anos e viajou um pouco por todo o Mundo, da ao , da ao , da ao . É escritor e tem viajado também por dentro de si mesmo. E por dentro das palavras. Acha assim que, apesar de ter nascido numa terra com um grande castelo, nas margens de um pequeno rio, não pertence a lugar nenhum, ou pertence a muitos lugares ao mesmo tempo, alguns dos quais só existem na sua imaginação, porque esta é o modo mais que há de viajar.
conta que os lugares mais distantes e mais belos onde alguma vez esteve não vêm nos mapas e diz-nos que, quando tinha a vossa idade, viajou pelo fundo dos mares, e desceu ao centro da Terra, e foi à Lua, e aos pólos, e ao passado, e ao futuro, dentro dos livros de , de , de . Diz-nos ainda que à noite, quando todos se iam deitar e a casa silenciosamente adormecia, partia para as mais emocionantes aventuras, às vezes só regressando já de madrugada. Combateu nos mares do Sul contra piratas e flibusteiros ao lado de Sandokan; perseguiu , a baleia branca, no tempestuoso barco do Capitão Acab; desceu o Mississipi na jangada de ; caçou búfalos nas imensas pradarias do Oeste; e, com foi preso e condenado à morte em Chicago, na China, nos Andes, e salvou-se sempre no último momento, e com ele e com o , e com a cadela , perdeu-se nas neves do Tibet e nos desertos da Arábia, e foi à Lua e voltou…
Termina dizendo que tem tido uma vida e aventurosa. Que hoje se lembra das grandes viagens e das aventuras que todas as noites começavam no seu quarto e que tem medo de não ser já capaz de vencer tantos perigos e tantas emoções. De qualquer maneira, continua a ter livros na mesa de cabeceira, e quando sai de casa gosto sempre de levar um consigo. Porque lhe pode apetecer voltar a partir…

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