EDITORIAL

Resumo

Este novo número destaca o discurso plural dos Estudos Curriculares como o lugar da reflexão crítica em torno de um espaço comum para uma conversa global, apoiado numa produção ampliada coletivamente que discute questões de interesse para o campo do currículo, incorporando desafios ambiciosos para o seu progresso e processo de renovação em diferentes configurações do Sistema Educacional. Em perspetiva capaz de ir além do que é leve e desmaterializado e está cada vez mais na dinâmica do mundo material e cultural e, tal como anuncia Lipovetsky (2017), se apropriou das práticas comuns e reconfigurou o imaginário de todos e de cada um.
A essência da relação entre currículo, inovação, escrita comparada, autodeterminação da pessoa com deficiência, currículo diferenciado, a produção colaborativa de material didático e a orientação profissional é o tema no cerne do discurso plural. A ideia de temas interrelacionados e em harmonia parece sensata e sensível, mas não é comum, geram um sistema de comunicação independente uns dos outros, colocando professores e alunos, em particular, e comunidade científica, em geral, a descobrir formas de compreender o currículo. Se as diversas áreas de intervenção, num mundo sofisticadamente tecnologizado e culturalmente diverso, não podem conceitualizar o currículo, a tarefa de professores e alunos torna-se mais complexa sempre que procuram o sentido e significado das áreas desalinhados, comprometendo a qualidade educacional. Melhorar a coerência do currículo não é periférico para a aprendizagem, é essencial. A investigação desempenha um papel fundamental para aprofundar e apoiar a abordagem de questões curriculares de importância global, os artigos nesta edição oferecem informação de investigadores que estudam o currículo sob diferentes âmbitos, constituindo um contributo privilegiado para ampliar e projetar a reflexão crítica em torno do mesmo.