A AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS NO ENSINO SECUNDÁRIO EM ANGOLA: DAS CONCEÇÕES ÀS PRÁTICAS

José Januário, José Carlos Morgado

Resumo


A centralidade que a avaliação assumiu em múltiplos contextos e segmentos da vida social, designadamente na regulação dos mecanismos de decisão, despertou a atenção de estudiosos de todos campos do conhecimento, com particular destaque para as ciências humanas e sociais, como consequência não só da necessidade de inovar os processos de operacionalização dos sistemas, mas também de uma maior exigência da sociedade para a satisfação de expectativas de realização social, económica e política.
Nos sistemas educativos, a avaliação – avaliação das aprendizagens, avaliação do desempenho docente, avaliação institucional, avaliação de impacto – constitui a âncora de todo o processo de construção do conhecimento, pela simples razão de que dela derivam os estímulos de orientação da ação teórica e prática de todo o processo educativo, em todas as suas dimensões.
Assim, qualquer enviesamento na sua operacionalização modifica os seus efeitos, podendo gerar consequências sociais incalculáveis. No caso de Angola, a avaliação das aprendizagens dos alunos, particularmente nos ensinos primário e secundário, bem como as suas formas, regulação, aplicação e credibilização, têm assumido, nos últimos anos, destaque nos debates sociais e políticos, não só pela incapacidade de envolver os alunos nos processos de ensino-aprendizagem, mas também de melhorar a profissionalidade docente, capacitando os professores para a formação de indivíduos capazes de abordarem e de resolverem, de forma crítica e construtiva, os problemas com que se deparam no seu dia-a-dia e de participarem ativamente na transformação e melhoria da vida social.


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